Mochila, lápis, caderno, lembranças.

Me acho no direito de fazer um texto um pouco mais particular! xD

É verdade que uma palavra pode ter diversos significados. 'Colégio' é um exemplo disso. Para aqueles que já concluiram o Ensino Médio, assim como eu, é frequente a recordação desse tempo. Alguns consideram o colégio como uma prisão, uma espécie de ter o tempo desperdiçado em meio a tantos cálculos, exercícios e testes. Outros, simplesmente, aceitam o fato de que é uma saudosa e surpreendente etapa. Passamos tanto tempo enfurnados em uma sala, forçados pelo destino (ou pela coordenação do colégio xD) a ter que conviver com pessoas que não conhecemos. E que ideia brilhante!

No começo da nossa vida estudantil, nada nos provoca mais repulsa do que ir ao colégio, principalmente, pela manhã!

Frases semelhantes a essas são sagradamente pronunciadas:

"Como posso ir ao colégio, mãe? Quem vai me contar o que acontece quando o Goku capturar a esfera do dragão, hein?!"

"ô, mãe... Ontem mesmo eu vi no Jornal Nacional que tá tendo muito caso de gente com dor no pé. E é grave, viu? ma senhora teve que amputar a perna. A PERNA! Melhor eu ficar em casa hoje, pra não correr o risco."

"Já é de manhã? Mas eu nem dormi direito. E se eu ficar com sono e dormir a caminho do colégio? É melhor eu faltar hoje, mãe..."

Coisa boa! xD Depois, quando chegamos ao Ensino Fundamental, as coisas já não são tão simples. Novas matérias são acrescentadas na grade escolar, novos assuntos surgem, mudanças físicas acontecem, dentre outras coisas. Mas é comum ouvirmos/dizermos:

"Caramba, que infantil que ela é! Quando eu ERA criança..."

"Nossa, vê se cresce! Você assiste a O Diário de Daniela?! A onda agora é Malhação! Que brega..."

Bom, isso era 'no meu tempo'. Mas atualmente, fontes apontam para tais frases:

"AAAAAAAAh! O Justin tem a voz mais linda do mundo!"

"Como assim a tua calça é preta? Que louca, que brega! Todo mundo agora tem uma calça azul-esverdeada com listras roxas!"

"Eu sou muito mais adulta do que ele. Ele nem sabe quem é o Robert Pattison, acredita?!"

Logo em seguida, nos deparamos com o 1º e 2º ano. Que confusão! A cobrança agora é mais rígida. Mas as brincadeiras ainda se fazem presentes, mesmo que as broncas sejam mais intensas. A diferença é que já entendemos que a árdua tarefa de levantar cedo é recompensada ao reencontrar os amigos de classe.

Vamos agora às citações de tal período:

"Essa espinha tinha que aparecer logo hoje? Amanhã eu vou sair com o Carlinhos! Poxa, que vida difícil..."

"Como é que é?! O trabalho de Física é pra hoje?!"

"Ei, me empresta o teu caderno pra eu copiar o exercício?"

"Eu não aguento mais essa vida! Não vejo a hora de sair do colégio."

Finalmente, chegamos ao terceiro ano. De todos, o mais intenso. O último primeiro dia de aula, o último dia de aula, o último ano. O vestibular. Finalmente temos a chave para sair daquilo que, no início da vida estudantil, era considerado uma 'prisão'. No entanto, o que não temos é a coragem de sair. Mais difícil do que ter que levantar cedo, é levantar tendo a certeza de que não veremos, com toda frequência, os nossos companheiros de sala. As conversas, as broncas coletivas, os intervalos, os professores, a coordenação, o sufoco das provas, os almoços e trabalhos em grupo... os amigos. Cada detalhe compõe, agora, o único lugar onde podemos reviver tantos momentos: as nossas lembranças.

Essas são as frases que ecoam ao longo do terceiro ano:

"Professor, tira uma foto da gente?"

"Eu não vou chorar! Hoje é o último dia de aula, mas eu não vou chorar!"

"Dúvido! Nunca vou esquecer você, amiga(o)!"

"Vocês prometem não sumir?"

E, por último, a frase mais comum:

"Saudade do meu tempo de escola..."

Texto especialmente dedicado a todos que compuseram essa etapa da minha vida: o meu tempo de escola. Obrigada. ;)